Potências ocidentais dividem protagonismo do debate com as organizações árabes
O primeiro dia de debates do IF Mundo no Campus Salinas foi marcado por intenso debate sobre a Guerra dos Seis Dias. Estados Unidos e Reino Unido formam um dos polos da discussão com os países da OLP (Organização de Libertação da Palestina), principalmente a Síria, formando a oposição do debate. Conflitos, que ocorreram principalmente entre Israel (Kleberson Cardoso) e Iraque (Nifane Borges), tomaram a maior parte do tempo e atrasaram a proposta final sobre a posição de Israel perante os territórios anexados, uma vez que somente apenas a primeira proposta foi finalizada e aprovada.
O debate foi dividido entre o grupo dos países ocidentais, tais como EUA (Bruno Santos), Reino Unido (Luighi Ricardo) e outros aliados como a Dinamarca (Ubaldo Junior) e Canadá (Kelvin Cristian); e os países membros da OLP (Organização para a libertação da palestina) que são principalmente: Síria (Arthur Abreu), Egito (Santiago Bicalho), Arábia Saudita (Mário Lucas) e Iraque (Nifane Borges). Outros países como a Polônia (Laíse Martins), Etiópia (Anna Júlia) e China (Lara Eduarda).
O debate foi movido pela forte polarização política do mundo no século XXI. Um grande exemplo disso foi a troca de farpas entre o delegado da Síria e as potências ocidentais Reino Unido e Estados Unidos que culminou na polêmica frase do delegado Bruno Santos (EUA): “Para que me preocupar com essas acusações do Sr. delegado da Síria, uma vez que tenho uma das maiores economias do mundo?”. A declaração foi vista como perigosa pela União Soviética e o Reino Unido sugeriu que a discussão deveria mudar de assunto. O debate ficou parado por cerca de 15 minutos durante a sessão de perguntas entre as delegações de Israel e Iraque, gerado graças à afirmação do delegado Sr. Kleberson de que o ataque foi na verdade em legítima defesa a um eventual ataque dos árabes.
A primeira redação de resolução da questão foi emitida apenas depois do intervalo, o que demonstra o clima pouco amistoso presente no quorum, notado a partir do momento de emissão da proposta. Venceu a única proposta produzida pelo comitê, redigida pelo delegado Luighi Ricardo (RU) e apresentada pelo delegado Bruno Santos (EUA), com o ilustre apoio do Sr. delegado da Jordânia (Vitor Hugo Almeida). A proposta defendia, em seu primeiro tópico, o reconhecimento de Israel como país soberano; no segundo, a legalidade do uso da água por parte de Israel, Jordânia, Síria e Líbano; no terceiro, a formação de uma instituição financiada pela ONU, que administraria a região segundo a dependência de cada população. Na hora da votação, os únicos a votarem contra foram os países árabes, a exceção da Jordânia e outros não teocráticos, e a União Soviética. Assim, pode-se perceber que a comunidade da OLP se recusará, a priori, a aceitar reconhecer o estado de Israel.
Por Ewerton Sérgio e Lucas Silva
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